sexta-feira, 18 de maio de 2007

Existo!

Existir é tão completamente fora do comum que se a consciência demorasse mais de alguns segundos, nós enlouqueceríamos. A solução para esse absurdo que se chama "eu existo", a solução é amar um outro ser que, este, nós compreendemos que exista.

Clarice Lispector

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Tempos de discórdias


Cheguei quarta-feira mais tarde na faculdade como é de costume, já que na quarta não temos aula e sentei para abrir meu e-mail. Foi então que vi uma mensagem com titulo “Daniela e Mariana”, enviada por Hieros Vasconcelos.

Abri a mensagem e bomba! Varias acusações algumas verdadeiras, outras exageradas e outras totalmente falsas.

Minha panelinha é uma panela de pressão, se ficar muito no fogo ou manusear de forma errada explode. E foi isso que aconteceu uma explosão de acusações da parte de Hieros.

Vcs devem está perguntando por que postei isso no blog, já que diz respeito a um grupo especifico? Engano! Não é apenas os meus amigos mais próximos de sala de aula que estão tendo discórdias, sei por fonte seguras, que varias panelinhas foram abaladas. Mas, o importante aqui é compartilhar meus desgostos com quem participou e provocou essa explosão.

A principal acusação de Hieros foi que eu e Mariana estávamos falando dele, sem ele está presente. Acusou nós de fofoqueiras e outras coisas que não precisa citar... Mas, todos sabem principalmente os “fãs” de Hieros que não fizemos porra de fofoca nenhuma!

Só fizemos comentários que todos fazem, e não existe esse santo que só fale na presencia. Inclusive Hieros, assim como eu, Mariana e várias pessoas, gastam horas comentando da vida alheia. E isso é inerente do ser humano, todo mundo comenta sobre os comportamentos dos próximos.

Isso é bastante distante da definição de fofoca, onde normalmente conta-se coisas secretas, com objetivo de destruir o outro. Isso definitivamente não aconteceu!

Desconfiou que foi Isis e Miro (se não foi desculpa pelo engano) que comentou com Hieros, também não acho que vcs tiveram o intuito de provocar essa briga. Mas, esse fato aconteceu e seria importante resolver, já que temos mais 18 meses de convivência.

Desejo intensamente que essa postagem não renda ainda mais essa historia e sim coloque um ponto final.

Paz sobre todas as cabeças!

domingo, 13 de maio de 2007

A semana religiosa na TV

Por Deonísio da Silva em 8/5/2007

O Papa Bento 16 é notícia em toda a mídia quando está no ar o debate sobre a formação da terceira rede nacional católica de televisão. E poucos sabem onde estão os verdadeiros interesses da sociedade no que diz respeito à televisão, entretanto disfarçados em biombos empresariais, religiosos, confessionais e políticos, que já dominam amplamente a telinha.
É mais do que hora de perguntar: o que a sociedade ganha com mais uma rede de televisão católica? Como estão as outras redes confessionais? Como estão aquelas que se dizem leigas, cujos mentores, invocando ou não a proteção de Deus, não estão nem aí para as injustiças perpetradas contra o povo brasileiro todos os dias, a menos que as ditas-cujas firam interesses corporativos?
O jornalista Alberto Dines escreveu neste Observatório:
"Comprova-se a enorme distância entre o Brasil de jure e o Brasil de facto. Nossos estatutos legais preconizam uma situação, nossa realidade vai na direção contrária, a letra da lei raramente coincide com o espírito da lei" [ver "Competição religiosa confronta a república secular e democrática"].
Os poderes midiáticos continuam acantonados no eixo Rio-São Paulo, por razões óbvias! Por isso, qualquer coisa que ocorra nessas duas metrópoles ganha imediata repercussão nacional, mas não sem o encobrimento de outras regiões, de temas e problemas tão ou mais importantes para o Brasil.
A mídia não tem este olhar pan-óptico que lhe creditamos com freqüência. Este tipo de olhar está sintetizado na figura do triângulo com um olho no meio, emblema de todos conhecido, às vezes trazendo a legenda "Deus me vê". O olho só vê dali para frente, ao contrário de um olhar pan-óptico que, como a palavra indica, vê tudo.
Atenção ecumênica
Na TV JB, no programa Verso & Reverso, o jornalista Augusto Nunes lembrou no domingo (6/5)à noite um mote constante de seus artigos e palestras: jornalista não admite ser informado, pois pensa que já sabe de tudo! Que os debates sobre a formação de novas redes de televisão não percam de vista contextos como os que seguem:
1. Quando tudo parecia perdido na recuperação das liberdades democráticas, perdidas com o golpe de 1964, foram às religiões, ao ecumenismo religioso que recorremos. Personalidades como Dom Paulo Evaristo Arns, como o rabino Henry Sobel, como o pastor presbiteriano James Wright, como Dom Cláudio Hummes, para citar alguns, tiveram a grandeza de superar eventuais divergências e sutis complexidades da fé que professavam e se mostraram unidos em torno de um interesse social solar, decisivo para aquela hora em que atuaram;
2. Vivemos tempos de crescente secularização, que não tem apenas pontos positivos, não. Alguns de nossos mais fundos preceitos éticos, por exemplo, para milhões de pessoas têm fundamento religioso. Essas pessoas fazem ou deixam de fazer algumas coisas, não porque as leis autorizam ou proíbam, mesmo porque freqüentemente as desconhecem, mas por convicção religiosa;
3. Aqueles que não aparecem na mídia, dos quais editores e repórteres jamais ouviram falar, também têm seus direitos assegurados em lei. E são a maioria! Por que essa excessiva atenção a políticos e celebridades, às vezes exclusivamente com eles?;
4. Será que não está ocorrendo o seguinte: como todos se arrumam, num "quem pode mais, chora menos", entidades religiosas, vendo-se omitidas, criam sua própria mídia? A mídia brasileira privilegia algumas religiões, sim. E depois vem dizer que é leiga! Se é leiga de verdade, deve dar a mesma atenção aos diversos credos e não é isso que faz.


Este artigo foi tirado do site Observatório da Imprensa. Já que estamos falando de religião, achei interessante a sua leitura e postei, leiam e reflitam.

Henrique Mata

sábado, 12 de maio de 2007

Diversidade religiosa

Gente, Thiago me mandou essa matéria por e-mail para continuar nossas discussões a respeito de religiosidadeXrespeito. Leiam! Cai na prova! rsrs
Abs
Hieros

A diversidade religiosa requer o respeito de um estado laico

Durante séculos a Igreja Católica tem influenciado o estado brasileiro, tentando impor normas de conduta à população. Não faz sentido, no entanto, que uma nação, possuidora de uma diversidade religiosa tão variada, deva seguir normas impostas por uma crença específica.
Justiça à multiplicidade de etnias e à diversidade religiosa seria feita respeitando-se a lei, pois por preceito constitucional (CF/88 - Art. 19. "É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança...") o Brasil é um estado laico e nenhuma religião, portanto, poderia exercer pressão ideológica junto aos cidadãos livres, nem imprimir sua marca em autarquias ou papéis do estado.
No entanto, o direito de crença ou não-crença é cerceado, por exemplo, quando se manuseia dinheiro em cédulas, onde há uma inscrição de cunho religioso, que não expressa unanimidade nacional. Ao passá-las, os cidadãos não-crentes consolidam um ato involuntário de disseminação de propaganda religiosa, ferindo seus direitos de liberdade ideológica, assim como dos que as receberão, simbolizando, com o ato, a aceitação da referência religiosa expressa nelas.
Outro exemplo de desrespeito à individualidade se dá na maioria das salas de aula nas escolas públicas estaduais, onde há um símbolo religioso dependurado, geralmente sobre o quadro negro, representando apenas as religiões cristãs, desrespeitando, deste modo, as demais; uma vez que foram adquiridos com dinheiro dos contribuintes de diversas crenças e de não-crentes também. Há ainda o agravante de que alguns alunos se sentem constrangidos em certas ocasiões, quando são levados a fazerem "sinais" que não condizem com os preceitos religiosos de sua família.
O próprio ensino religioso nas escolas públicas é uma afronta ao direito individual; sem questionar seu conteúdo, se tendencioso ou não, pois o agravo está na sua existência, não no pseudopluralismo de ideologias, divulgado como parte integrante da disciplina.
As recentes declarações do mais alto líder da Igreja Católica Apostólica Romana, dirigindo-se não apenas aos seus integrantes, o que seria de direito, mas incitando pessoas de todas as religiões e não-crentes a agirem de forma ofensiva contra um determinado grupo, apenas por não compartilharem da mesma ideologia de sua instituição, por exemplo, extrapolou os limites do aceitável nos dias de hoje, tornando-se o mais grave caso de interferência e pressão ideológica.
Sequer deveria ser cogitada a hipótese de uma instituição religiosa possuir tanto poder, quanto mais concedê-lo, em detrimento das leis que regem uma nação livre, democrática e laica. Pois, de outro modo, incorrer-se-á no risco da volta à Idade Média, onde o terror religioso praticado pelos mandatários da ICAR levava seres humanos livres a serem queimados vivos, em praça pública, por discordarem da ideologia da instituição, que se arvorava de detentora dos direitos de decidir sobre os destinos da humanidade, impondo seus dogmas na base da força e em forma de lei.
Por Daubi Piccoli
Professor e jornalista

Publicado em 5/9/2003 no Jornal Boa Vista (Erechim/RS) e A Folha Regional (Getúlio Vargas/RS).

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Se saia Bento XVI!

Gente, esse texto é um desabafo sobre a visita que o Papa pretende fazer ao Brasil (agora em maio?). Em seu discurso, ele afirmou estar "muitissimo preocupado" com a devoção dos brasileiros ao catolicismo, que tem diminuído, segundo ele, assustadoramente.
* Pesquisas deram conta que o Brasil é o país onde há mais devotos no mundo, entretanto a diminuição de católicos praticantes está muito veloz.
Espero que o Papa, com toda sua preocupação voltada para o nosso país, não se esqueça que parte da violência que nos aflige provém da discriminação, do racismo, do preconceito social. Espero que ele não queira somente mais adeptos à igreja, mas queira também que seus conceitos arcaicos, como a abominação do anticoncepcional ou do casamento gay, não dominem as mentes de nossa população tão pobre, reprodutora e sofrida pelas desigualdades, sejam financeiras, sejam sociais.
A diminuição de católicos praticantes não se deu à toa e sim por cansaço, quando perceberam que uma instituição não poderia simplesmente acabar com a miséria e a violência com pregações tão primitivas e demodês. Ao perceber que padres não podiam casar, mas podiam ter transas mal resolvidas com homens, outrora com criancinhas. Sexo dos mais vorazes e perversos, o instinto animal sobressaindo o espírito. E a Igreja tapando os olhos para não perder o que tem desgraçado a humanidade aos poucos: dinheiro.
O povo deixou de ser católico após ouvir o Papa dizer que a família está sendo destituída por conta da mulher, que está se ausentando do lar. A violência juvenil é culpa dela, a sempre mártir na história católica. O Papa acha que mulheres que trabalham fora não podem cuidar de suas famílias e deveriam estar em casa. Pretas, pobres, sofridas, lavadeiras e outras mulheres que dão à vida para conseguir um pão para comer, uma farinha para dar aos seus filhos.
Espero que o Papa, ao vir no Brasil, não alimente o preconceito aos homossexuais. A violência gerada por esse preconceito é grande, principalmente nas metrópoles do país. "Jesus é contra a união de dois homens", diz o Papa. E os malucos, aliados a essa afirmação, saem por aí ofendendo, agredindo e matando gays felizes, bichinhas, loucas transtornadas, fechativas, chiquérrimas, que nada fazem além de correr atrás da felicidade.
Sinceramente, espero que o Papa se ligue que hoje a história é outra. E estou muito preocupado com essa vinda desse babaca ao Brasil, que só tem o intuito de alienar mais ainda essa população ignorante e mal informada. Por mim ele ia se danar junto com João das quantas, e seja lá quem mais tiver sido Papa.
Bento XVI, você só é papa de suas nega meu filho. E ainda tem gente dizendo que você foi escolhido pelo Espírito Santo. Ah, é cada uma... Todos nós fomos escolhido pelo Espírito Santo para aprender nessa vida terrestre. Se saia seu porre.
Hieros Vasconcelos

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Mudou ou não mudou? O que mudou?

Galera. Postei esse texto pra saber qual é a avaliação da turma desde o primeiro semestre até hoje. Muita coisa mudou, mas o que na opinião de vocês?

Segundo Issac Newton “o que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano”. Distante desse pensamento, os alunos desta sala não se dão conta da real situação em que vivem. O desrespeito para com os professores é tanto, ao ponto que as conversas paralelas prolongáveis, causam gritos e riso que a todo tempo interrompem as aulas. O pouco de educação que poderia ser demonstrada abre espaço aos atos libertinos que se tornaram freqüentes no cotidiano da turma. O entra e sai na sala de aula, sem ao menos contar com o consentimento do professor, vêm causando alvoroço como se estivéssemos mercando numa feira-livre. Como se tal não fosse o bastante, para compararmos ressaltemos os plásticos de balas, embalagens de biscoitos, folhas de caderno e demais tipos de resíduos físicos que encontramos espalhados pelo chão ao final de cada longo e tempestuoso dia de aula.
Somos o que pensamos e acreditamos ser. Não podemos deixar que essa situação de descaso tome conta do nosso cotidiano. Pensar global é agir local. Deixar de lado a imaturidade e assumir a responsabilidade de estar em um curso de graduação não é um direito que adquirimos quando entramos na faculdade, mas sim um dever a cumprir, buscando a máxima compreensão do indivíduo perante a sociedade.
Ditar regras ou impor medidas drásticas, em função do comportamento inadequado de alguns alunos, não seria sensato em um curso que tem como pilar principal a comunicação social. Cabe a esses alunos o direito de decidir se o espaço que ocupam pode ser melhor aproveitado ou cedido para aqueles que melhor o aproveite.

Thiago José Sales – "Jornalismo 1º Semestre"...

terça-feira, 1 de maio de 2007

Fama e Fortuna

Assinei meu nome tantas vezes
e agora viro manchete de jornal.
Corpo dói - linha navrálgia via coração.
Os vizinhos abaixo imploram minha expulsão imediata.
Não ouviram o frenesi pianíssimo da chuva
nem a primeira história mesmo de terror.
No Madame Tussaud o assassino esculpia
as vítimas em cera. Virou manchete.
Eu guio um carro. Olho a baía ao longe,
na bruma de neon, e penso em Haia,
Hamburgo, Dover, âncoras levantadas em Lisboa.
Não cheguei ao mundo novo.
Nada é nacional. Desço no meu salto,
dói a culpa intrusa: ter roubado teu direito de sofrer.
Roubei tua surdina, me joguei ao mar,
Estou fazendo água. Dá o bote.
(Ana Cristina Cesar)


* Ana Cristina foi poeta até os 31 anos de idade, quando se jogou de uma janela do quinto andar na madrugada do dia 29 de outubro de 83. Sua história foi cantada por Renato Russo, em uma de suas músicas que todos conhecem muito bem. "...Ela se jogou da janela do quinto andar; ninguém sabe o que lhe aconteceu..".
A poeta louca, suicida, marcou os amantes da poesia com sua personalidade forte e suas verdades contadas em dor. É uma de minhas preferidas. Gosto de pessoas autênticas, sejam elas como for.
Abraços,
Hieros